segunda-feira, 28 de junho de 2010

Egito Antigo.


Antigo Egito

Atual Egito

Pirâmide social do Egito Antigo

A Magia da Civilização Egípcia (Khemi) é especial e única no mundo, Seus conhecimentos sobre o mundo dos mortos e dos mistérios do céu, tornaram os egípcios os verdadeiros precursores da Era de Aquarius. Afinal, o nascimento do Egito ocorreu num signo de Ar, assim como a Era que estamos entrando agora.

O Egito, junto com a Índia, é um país de cultura e história fascinantes. Aproximadamente, 3000 anos antes do nascimento de Cristo, os egípcios alcançaram um elevado estágio de civilização.

Eles tinham o governo central organizado; seu comércio era voltado para as cidades que margeavam o Nilo; construíam grandes estruturas de pedra; e, o mais importante, dominavam a arte de escrever.

Ao longo do Nilo podem ser vistos majestosos monumentos que revela as realizações do Antigo Egito, sendo a maioria tumbas e templo. Os antigos egípcios eram muito religiosos e acreditavam no princípio de uma vida após a morte para reis e nobres, desde que seus corpos pudessem ser preservados (esse é o principal motivo do embalsamamento).



Nas paredes das tumbas aonde as múmias embalsamadas eram sepultadas eles esculpiam quadros e inscrições; algumas tumbas privadas estavam enfeitadas com pinturas. Nas tumbas também eram colocadas estátuas e objetos da pessoa morta para que sua alma, quando voltasse, pudesse novamente habitar seu corpo.

A crença numa vida além-túmulo e a concepção da alma entre os egípcios explicam a idéia do homem possuir duas almas: Ba e Ka. A segunda alma era apenas um elemento de ligação co mo corpo, podendo decompor-se também. Para evitar o sofrimento ou a destruição do Ka, os egípcios costumavam embalsamar os cadáveres.



O Egito antigo localizava-se ao nordeste da África. Limita-se ao norte com o Mar mediterrâneo; ao sul com o deserto da Núbia; a leste com o Mar Vermelho e a oeste com o deserto da Líbia.

Os antigos egípcios dividiram sua terra em duas partes, o Alto Egito e o Baixo Egito. Alto e baixo não se referem a norte e sul; esses termos relacionam-se ao curso do Nilo e a elevação da terra. O Alto Egito é a região sul e tem esse nome porque está mais perto da nascente do Nilo, ou rio acima, e, portanto, em terreno mais alto. O Baixo Egito consiste basicamente na região do delta do Nilo e leva esse nome porque está mais distante da nascente, ou rio abaixo.essa área também está mais próxima do nível do mar do que o Alto Egito.

A característica geográfica dominante do antigo Egito era um vasto deserto dividido pelo Nilo. O rio entalhava uma faixa fértil em toda a extensão do território, e a maioria dos antigos egípcios vivia ao longo dele. Eles chamavam o deserto de deshert, ou "terra vermelha", e a terra das margens do Nilo de kemet, ou "terra preta", que também é o nome que os antigos egípcios usavam para se referir à sua pátria.
Hoje em dia o Egito é totalmente diferente do que era a quase 2000 atrás, por isso abaixo segue as características atuais do mesmo.
Estatisticas:
Capital: Cairo
Superfície: 1001449 km²
População: aprox. 66900000 hab
IDH: 0,623
Renda por capital (PIB): US$ 3050,00
Mortalidade Infantil: 52 crianças por mil
Moeda: Libra egípcia
Principal Idioma: Árabe
Clima: desértico
Vegetação predominante: nenhuma
Atividades Agropecuárias: agricultura primitiva de subsistência, pastoreio
Crescimento vegetativo: 3 – 4%
Densidade Demográfica (hab. Por km²): 50 – 200
Expectativa de Vida: 55 – 65 anos
Adultos alfabetizados: 50 – 75%

Rio Nilo
Ele tem 6.700 km (5.600 desde o lago Vitória) de extensão. Saindo do lago Vitória (com o nome de Nilo Vitória), onde se lança seu principal formador, o Kagera, o Nilo corre para o norte. Atravessando os lagos Kioga e Mobutu Sese Seko, toma o nome de Nilo Branco (Bahr el-Abiad) ao sair da região pantanosa do Sudão meridional. Em Cartum, recebe o Nilo Azul (Bahr el-Azrak) e depois o Atbara. Atravessa, em seguida, a Núbia e o Egito, que fertiliza com as suas cheias estivais, atinge o Cairo, onde começa o delta, que se abre no Mediterrâneo. A barragem de Sadd al-Ali (alta barragem de Assuã) regularizou-lhe o curso inferior e criou um vasto lago artificial, com 500 km de comprimento (que, em parte, se estende ao Sudão).

Segundo Heródoto (historiador grego), "O Egito é um dom do Nilo", sem o Nilo e a cheia, o Egito seria apenas a parte oriental do Saara. Sua cheia chega mais forte no Egito quando é verão, carregada de aluviões pelo vento que desce dos altos planaltos da Abissínia. A cheia e suas riquezas são representadas pelo deus Hápi, de ventre repleto e seios pendentes. Antes de chegar a Assuan pela construção das barragens, o Nilo depositava nas terras cultiváveis, em média, um milímetro de lodo por ano.

A prosperidade do Egito nasce da ação conjunta do Nilo e do Sol, todos os dois elevados pelos habitantes à categoria de deuses. O rio, em cheia das mais fortes do verão, impregna os campos de uma água carregada de aluviões extremamente férteis. O sol apressa a vazante, e o renascimento da vegetação. Uma cheia muito fraca não alimenta bem a terra; muito forte, devasta os campos - tanto uma quando a outra levam à fome: sem a cheia, o sol seria devastador; sem o sol, a cheia seria inútil. O importante é que o equilíbrio ( Maat) seja mantido entre os dois.



História
Período Pré-Dinástico

5500-3000 a.C.

A era anterior à subida dos faraós é chamada de Período Pré-Dinástico. Várias culturas surgiram ao longo das margens férteis do Nilo durante essa época. No baixo Egito, grupos de pessoas viviam em torno de Merimda, ao norte do que viria a se tornar Men-Nenfer (Mênfis). Outra cultura formou-se no Faium. Ao sul do Alto Egito, formaram-se culturas perto de Ábidos e vária sem Naqada, ou Nubt.

Algumas dessas pequenas civilizações exibiram facetas do que viria a se tornar à cultura egípcia antiga. Por volta de 5500 a.C. a agricultura tornou-se a principal fonte de alimentos, em particular no sul, ou Alto Egito. Trigo e cevada eram cultivados e armazenados em celeiros de diferentes formatos e tamanhos. Comunidades agrárias formaram-se para manter as fazendas.

Os costumes funerários também evoluíram para uma forma conhecida. Os mortos eram enterrados em cemitérios nos subúrbios das aldeias, longe dos vivos e das terras cultiváveis. Ferramentas e alimentos que eles teriam usado durante a vida eram enterrados junto com os corpos. Por volta de 4000 a.C., quando uma segunda cultura havia se estabelecido em Naqada, os túmulos evoluíram para câmaras subterrâneas, que eram supridas com objetos da vida cotidiana.

Outras convenções praticadas pelos primeiros egípcios incluíam o uso da malaquita como maquiagem para os olhos, a fim de reduzir o efeito do brilho do sol, e o uso de óleos côo perfume. As lanças de madeira, usadas por todo o período da história egípcia antiga para a caça, também eram usadas nos tempos pré-dinásticos.

Conforme as comunidades agrárias se desenvolviam em aldeias mais organizadas, líderes iam aparecendo, e algumas dessas aldeias alcançaram uma posição dominante. No Alto Egito, destacavam-se as cidades de Tinis e Nubt (Naqada), que eram ligadas a Seth, Deus da Destruição. No Baixo Egito, Perwadjyt (Buto) e Behdet (Apolinópolis) eram o centro do poder.



Período Arcaico (Dinástico Antigo)

1a e 2a Dinastias

3000-2649 a.C.

1a Dinastia 2a Dinastia


Dentro do quadro de fortes líderes regionais é que o Antigo Egito foi unificado pela primeira vez. Os historiadores não chegaram a um acordo sobre qual líder de fato foi o primeiro a unir o Egito. Na tradição egípcia antiga, o faraó mítico Menés, que veio de Tinis, recebe o crédito pela façanha; porém, nenhum artefato encontrado do tempo em que Menés teria vivido menciona seu nome.

A maioria dos historiadores concorda que Narmer foi um dos primeiros governantes do Egito, embora ninguém saiba ao certo qual parte ele governou. A Patela de Narmer, um artefato de pedra encontrado em Tinis, mostre Narmer usando a coroa do Alto Egito de um lado e a do Baixo Egito do outro. Alguns historiadores apontam essa patela como evidência clara que Narmer reinou sobre ambas as partes.

Os historiadores estão seguros de que Hor-Aha governou o Egito unificado e fundou sua primeira capital em Men-nenfer. Hor-Aha selecionou um local no meio da região, entre as duas terras. Ele chamou sua capital de "Muros Brancos", porém ela seria conhecida mais tarde como Men-nefer (Mênfis). O terreno para a capital foi criado por meio do desvio do curso do Nilo usando um grande dique. Hor-Aha também estabeleceu Ptah como o deus principal e realizou expedições militares e comerciais á Núbia, Líbano e Sinai.

Os sucessores de Hor-Aha seguiram seu modelo de liderança e a cultura egípcia floresceu. Papiros e hieróglifos começaram a sr utilizados, e a capacidade de centralizar o governo foi significativamente auxiliada pela manutenção de registros. O governo egípcio media as cheias do Nilo e gerenciava o trabalho nas fazendas. Foram escritos papiros médicos e a pedra foi usada pela primeira vez em construções e esculturas. A nobreza era enterrada em mastabas finamente decoradas em Abedju (Ábidos) e Sacara.

Vários faraós seguiram-se a Hor-Aha, mantendo a união e acrescentando terras. No final da Segunda Dinastia, porém, a união se desfez. Dois homens, Persiben e Khasekhem, reivindicaram o trono. Afastando-se do padrão, Persiben adotou um "nome de Seth" em vez do tradicional "nome de Hórus". Além de estar intimamente associado ao Baixo Egito, Seth, na mitologia egípcia, é inimigo de Hórus. Khasekhem manteve a prática de adotar um "nome de Hórus".Durante o conflito, Khasekhem foi forçado a recuar para o sul até Nehken



(Hieracômpolis), mas acabou conseguindo derrotar Persiben e suas forças e reunificou o Egito. Depois da reunificação, Khasekhen adotou o nome de Khasekhemy, que significa "dois poderes apareceram".

No final do Período Arcaico, o Egito estava novamente unificado sob o governo de um único líder. O sepultamento numa grande mastaba era a prática comum para a nobreza. A roda do oleiro havia sido inventada, resultando em peças de cerâmica mais fortes e duradouras. O comércio com os vizinhos trazia bens e matérias-primas nescessárias.E, devido ao conflito entre Khasehkemy e Persiben, Hórus foi finalmente estabelecida como a divindade dos faraós.

Antigo Império

3a a 6a Dinastias

2649-2195 a.C.
O Antigo Império foi um tempo de prosperidade no Egito. Os faraós uniram firmemente a terra com um governo bastante centralizado. O Egito foi dividido em nomos, cada um deles administrado por um monarca. Em geral, os monarcas eram parentes próximos dos faraós e muito leais a eles.

Com a união entre o Alto e o Baixo Egito solidificada, os faraós voltaram sua atenção para as expedições ao exterior com a intenção de aumentar a riqueza da nação. O Egito olhava principalmente para o sul, em busca de ouro, e par o leste, em especial para Serabit el- Khadim, no Sinai, onde havia cobre e turquesa. Os egípcios fundaram assentamentos nesses locais e lutaram contra os beduínos, núbios, sírios, cananeus e palestinos. Também estabeleceram assentamentos no oeste, no oásis de Bahariya no deserto ocidental. Esse local era determinante para facilitar o comércio por terra. As expedições às essas áreas tiveram o efeito desejado: a riqueza do Egito aumentou e os faraós puderam gastar a recente fortuna conquistada em imensos monumentos.





O Antigo Império também presenciou o surgimento do culto solar. As pirâmides têm a forma do benben*, onde Aton-Rá, o deus criador no culto solar, apareceu pela primeira vez. Mais tarde no Antigo Império, o culto solar tornou-se mais dominante com a construção de templos do sol em várias cidades por todo o Egito.

O Antigo Império começou com a subida ao trono da Terceira Dinastia, e a construção das pirâmides teve início quase imediatamente. O segundo faraó da dinastia, Dsojer, mandou construir a primeira pirâmide em Sacara. Imhotep, seu vizir, conhecido por sua inteligência, também serviu como sumo sacerdote do culto solar em On (Heliópolis), supervisionou a construção da pirâmide e foi seu arquiteto. A pirâmide, chamada de "pirâmide de degraus", é, em essência, seis mastabas, uma sobre a outra, com cada nível menor que o anterior. Ninguém sabe muito bem o que a pirâmide pretendia representar, mas alguns arqueólogos imaginam que a idéia era de que o monumento tivesse a aparência de uma escada para o céu.

Várias pirâmides de degraus foram construídas para outros faraós até o tempo de Snefru, o primeiro faraó da Quarta Dinastia, a forma desse monumento foi aperfeiçoada. O primeiro projeto de Snefru foi o término da pirâmide de seu pai Huni em Meidum. A pirâmide de Huni começou como a de degraus. Quando Snefru concluiu o projeto, porém, ele alisou as laterais, num prenúncio de estilo que as pirâmides viriam a assumir.

Snefu começou pelo menos três projetos de suas próprias pirâmides. O primeiro desabou sob seu próprio peso. O segundo, a "pirâmide inclinada", ainda se encontra em Dashur. O ângulo das laterais muda da metade para cima, embora ninguém saiba ao certo por quê. Uma teoria é que os arquitetos temeram outro desabamento e reduziram o ângulo. Outra teoria é que Snefru morreu durante a construção, por isso o ângulo foi reduzido para acelerar os trabalhos.Uma terceira teoria é que a pirâmide inclinada seria um gigantesco obelisco, projetado para representar um dos raios do sol. De qualquer forma, a pirâmide inclinada exibia as laterais lisas, que iriam distinguir as pirâmides verdadeiras das pirâmides de degraus.

Os arquitetos se Snefru por fim chegaram à forma da pirâmide verdadeira co ma Pirâmide Vermelha. Também localizada em Dashur, ela apresentava as laterais lisas características e o revestimento externo d pedra polida, que as pirâmides subseqüentes iriam copiar. O nome desse monumento se deve à cor que ele adquire ao pôr-do-sol.

Essas construções atingiram seu ápice com a pirâmide de Khufu (Kheops) em Rostja (Gizé). A pirâmide, a maior que ainda resiste, tinha originalmente cerca de 145 metros de altura com laterais de 2300000 blocos de calcário. Foi inteiramente revestida de calcário de Tura, trazido para a construção a partir de On (Heliópolis). A construção de pirâmides continuou por todo o Antigo Império e alguns dos primeiros faraós do Médio Império também as construíram. No total, cerca de 50 pirâmides reais foram descobertas no Egito, com dezenas de outras menores construídas para a nobreza secundária.

A grandiosidade das pirâmides enfatizava a posição dos faraós como deuses sobre a terra e refletia o poder e riqueza que eles detinham durante a Terceira e Quarta Dinastias. Alguns historiadores calculam que a maior parte da riqueza do Egito era destinada à construção de pirâmides.

A Quinta Dinastia marcou a interrupção na construção de pirâmides colossais. Elas ainda eram construídas, mas numa escala muito menor, pois mais recursos foram dedicados a construir templos do Sol.

Userkaf, o primeiro faraó da Quina Dinastia, construiu o primeiro templo do sol em Djedu (Abusir). Seis outros faraós da Quinta Dinastia construíram templos do Sol, firmando o culto solar como a teologia central.

Por fim, o governo fortemente concentrado que tornou possível a construção dos monumentos começou a se esfacelar. Embora os faros da quarta Dinastia tenham preenchido os postos do governo com parentes próximos, os faraós da Quinta Dinastia não fizeram o mesmo. A extensa rede de oficiais do governo permaneceu, mas esses postos não eram mais ocupados por parentes dos faraós. Em vez disso, a nobreza de outras famílias preencheu os cargos. Eles ganharam poder a partir de sua relação com o faraó, sem ter necessariamente o senso de lealdade que um parente de sangue teria.

Esse enfraquecimento do poder dos faraós, combinado à elevação do poder de outras famílias, foi decisivo para o colapso do Antigo Império. O último governante desse período, Pepi II, da Sexta Dinastia, administrou o Egito por cerca de 94 anos, o mais longo período de governo registrado na história. A idade por fim prejudicou sua capacidade de governar, e as famílias que haviam sido encarregadas de administrar as diferentes áreas, ou nomos, do Egito tomaram o poder. A fome completou a queda do governo central. Clima havia mudado e as monções anuais que ocasionavam a cheia do Nilo cessaram. Sem a cheia, as terras das fazendas tornaram-se menos férteis até que não produziram mais. A base da economia se fora, as pessoas estavam passando fome e o Faraó, um deus vivo na terra, não podia fazer nada. O antigo Egito despedaçou-se novamente em pequenas comunidades, cada uma delas com um líder provincial à sua frente. O governo central desapareceu.



*A colina que foi a primeira terra a se levantar das águas, de acordo com a mitologia egípcia antiga.



Primeiro Período Intermediário

7 Dinastia 8a Dinastia 9a Dinastia 10a Dinastia 11a Dinastia
2195-2066 a.C.

O Primeiro Período Intermediário foi um tempo de contendas. A fome não dava trégua à população e os líderes das inúmeras pequenas comunidades faziam o que podiam para alimentar seu povo. Por fim, o Alto Egito e o Baixo Egito tomaram a forma de dois reinos separados outra vez.

Por volta de 2160 a.C., um grupo de governantes localizados em Henen-nesw (Heracleópolis) conseguiu reunificar o Baixo Egito. Os governantes de Heracleópolis eram os herdeiros legítimos ao trono do Egito e reivindicaram plena autoridade real. Expulsaram os líbios e asiáticos que haviam se instalado no delta do Nilo à procura de comida. Consertaram velhos canais de irrigação, fortificaram as fronteira se abriram o comércio com os Biblos, o Líbano. Os reis heracleopolitanos também eram famosos por sua crueldade. Ainda assim, conseguiram unir povos díspares durante um tempo difícil.

Simultaneamente, a família governante de Waset (Tebas) unificou o Alto Egito, embora numa confederação muito mais frouxa do que o Baixo Egito. Inyotef foi o primeiro governante de Waset a começar a unir o território. Ele conquistou terras ao sul e assumiu o título de "Grande Chefe do Alto Egito". Ao contrário dos heracleopolitanos, ele não reivindicou o título de Faraó.

Os sucessos de Inyotef fortaleceram a confederação do sul do Egito e, conforme seu poder aumentava, começaram a dar a si mesmos o título de Faraó. Depois que os nomos do sul foram subjugados, eles voltaram sua atenção para o norte. Os conflitos nas fronteiras do Alto e Baixo Egito eclodiram até assumir o caráter de uma guerra civil de grandes proporções.

Mentuhotep II, um descendente de Inyotefs, surgiu em cena e, finalmente, derrotou os heracleopolitanos. Ele adotou o nome de Sam-towe, que significa "unificador das duas terras", e estabeleceu uma nova capital egípcia em Waset.

Com uma nova capital, um novo deus patrono ganhou influência. O deus patrono de Waset era Amon, que suplantou Rá como o principal deus do Egito. Como no caso de Rá anteriormente, Amon era considerado agora o deus original, de quem todos os outros deuses sugiram. O culto solar permanecia forte, porém, e Amon acabaria se associando a Rá.



Além da nova dominância de Amon, o Primeiro Período Intermediário introduziu outras mudanças nas práticas religiosas. Enquanto o Egito esteve dividido em nomos, os governantes das aldeias e regiões adotaram para si os mesmos direitos funerários que antes haviam sido reservados aos faraós e seus parentes mais próximos. O culto a Osíris também ganhou maior proeminência, o que expandiu ainda mais o acesso a direitos funerários pela abertura da vida após a morte para todos. Logo, egípcios de todas as posições sociais podiam entrar na outra vida, desde que tivesse dinheiro suficiente para pagar pelo ritual.

Com essa pronunciada transformação no acesso a serviços funerários, veio uma mudança notável nos próprios costumes fúnebres.Os faraós, como os deuses, não eram julgados antes de entrar na outra vida. Quando a outra vida foi aberta aos mortais, os conceitos de julgamento final e última confissão foram introduzidos.

Artisticamente, a escultura e arquitetura sofreram durante o Primeiro Período Intermediário. Os recursos eram limitados e a tenção estava voltada para alimentar o povo e consolidar o poder. Nessa época, porém, foram estabelecidas as funções para as grandes obras literárias do Médio Império. Sem a força unificadora e religiosa dos faraós, os escritores sentiam-se mais livres para expressar opiniões pessoais sobre temas seculares.


Médio Império

2066-1650 a.C.

11a Dinastia 12a Dinastia 13a Dinastia 14a Dinástia

No Médio Império, o Egito reconheceu novamente o faraó como o governante supremo da terra. As condições, porém, haviam mudado consideravelmente em relação ao Antigo Império. O poder que os líderes regionais adquiriram no Primeiro Período Intermediário permaneceu no Médio Império e os faraós tinham a tarefa de manter seus monarcas sob controle. Muitos monarcas possuíam exércitos em prontidão, e contavam com a permissão dos faraós, desde que fornecessem tropas quando os faraós as solicitassem.

Depois de reunificar o Egito, Menhuhotep II e seus sucessores formaram a Décima Primeira Dinastia e reinaram por cerca de 70 anos. O poderio militar foi marcante durante essa dinastia e expedições ao Sinai, Palestina, Núbia e Líbia foram empreendidas para inimigos e aproveitar os recursos naturais disponíveis. A mineração na península do Sinai a na Núbia proporcionou novamente as matérias-primas necessárias para a produção de belos objetos de arte.

A Décima Primeira Dinastia também atentou para a renovação das relações comerciais com outros países. Antigas rotas de comércio foram reabertas, entre elas o Wadi Hammamat, o leito de rio seco que servia de ligação entre o Mar Vermelho e Kebet (Coptos). Mentuhotep III ordenou uma viagem à distante Pwenet (Punt) para adquirir mirra.

Com a entrada de matéria-prima e a revitalização dos cofres da nação, a arte e a arquitetura egípcia começaram novamente a florescer. Mentuhotep II construiu um grande complexo mortuário escavando num rochedo em Djeseru-Djeseru ( Deir el-Bahri). Mentuhotep III construiu muitos templos em todo o sul do Egito, em Abu (Elefantina), Abedju (Ábidos) e Waset (Tebas), entre outros locais. Os templos eram decorados com belos relevos e desenhos, mostrando que a habilidade artística considerável sobrevivera no Egito apesar de toda a convulsão anterior.

A última ação empreendida pela Décima Primeira Dinastia foi uma expedição a Wadi Hammamat a fim de escavar pedras para o sarcófago de Mentuhotep IV. O líder dessa expedição de mineração foi Amenemhet, vizir do Alto Egito. Amenemhet subiu pacificamente ao trono e tornou-se faraó, talvez ilustrando que mesmo governantes provinciais podem subir até esse posto se forem particularmente bem sucedidos. Ele deu início à Décima Segunda Dinastia, que governou o Egito por mais 200 anos.

Depois de subir ao poder, Amenemhet fundou uma nova capital egípcia. Ele escolheu um local no centro do Egito, cerca de 45 quilômetros ao sul de Mênfis, e chamou sua nova capital de Itjawi, ou "conquista das duas terras". Amenemhet empenhou-se numa campanha agressiva para expandir as fronteiras do Egito. Para o sul, ele entrou na Núbia até a terceira catarata e assentou a cidade de Heb (Senma), onde Sesóstris III construiria, mais tarde, uma impressionante fortificação. Amenemhet também forçou os líbios a desocuparem o Faium e restabeleceu assentamentos egípcios na região. Com a expansão, eram construídas também novas fortificações para proteger as fronteiras. A mais famosa destas é o Muro do Príncipe, uma série de fortalezas ao longo de vias de entradas comuns do Egito.

Enquanto Amenemhet estava fora, em expedições ao exterior, rivais tentaram usurpar o seu trono. Como resultado, Amenemhet introduziu a prática de co-regência, que se tornou uma das chaves de longevidade de sua dinastia. No décimo segundo ano de seu reinado, ele nomeou seu filho herdeiro, Sesóstris, co-regente. Os dois governaram juntos até a morte de Amenemhet. Com o faraó seguinte firmemente no poder desde a morte do atual, os pretendentes ao trono tiveram dificuldades para usurpar o governo.

O Médio Império também presenciou a expansão das relações comerciais. Foram estabelecidas parcerias com a Síria, o Líbano e a Palestina. Artefatos egeus datados do Médio Império também foram encontrados, indicando comércio com nações egéias diretamente ou por intermédi9o do Líbano.

A construção de monumentos na Décima Segunda Dinastia teve um retorno da pirâmide tradicional, em vez dos túmulos escavados na rocha. Os faraós dessa dinastia espalharam suas pirâmides pelo Egito. Vários as construíram em Dashur, outros as ergueram nos arredores de Itjawi, e Amenemhet III construiu sua segunda pirâmide em Hawara, no Faium. A maioria as construções era de tijolos de argila, com revestimento de calcário de Tura. Uma exceção notável é a Pirâmide Negra de Amenemhet III, construída em parte com basalto, que lhe deu sua cor escura.

A antiga literatura egípcia atingiu seu ápice durante a Décima Segunda Dinastia. Surgiu um novo conjunto de textos, que incluía os de instrução e narrativas. Esses textos eram muito populares nas escolas de escribas e, mais tarde, os escribas passaram a aprender a sua arte copiando os manuscritos repetidamente. Por exemplo, há quatro papiros, duas pranchetas de desenho e cerca de 100 óstracos, ou fragmentos de cerâmica, com a inscrição da Sátira sobre as Profissões. Embora o manuscrito tenha sido feito durante o Médio Império, todas as cópias ainda existentes datam do Novo Império, o que atesta a popularidade do texto. Faz sentido que a Sátira sobre as Profissões tenha agradado aos aspirantes a escribas: é um texto de instruções que exalta as virtudes de ser escriba por meio da crítica bem-humorada a todas as outras profissões.

A evolução da teologia egípcia teve seqüência ao longo do Médio Império. Além da emergência de Amon, Osíris continuou a ganhar importância como o Deus dos Mortos. O conceito de julgamento antes da entrada na vida após a morte tivera início durante o Primeiro Período Intermediário e Osíris foi instituído como o juiz no Médio Império. Os faraós procuravam honrar Osíris, e o número de belos monumentos em Abedju (Ábidos), uma das cidades de Osíris, é evidência da importância do Deus.
O final da Décima Segunda Dinastia marcou o início do declínio do Médio Império, o último faraó da Décima Segunda Dinastia teve um reinado excepcionalmente longo. Quando ele morreu, instaurou-se uma confusão quanto a quem seria o legítimo sucessor. Uma mudança climática novamente complicou a situação. As cheias do Nilo foram particularmente altas e levaram muito tempo para recuar, encurtando a estação de cultivo.

A situação não era tão calamitosa quanto no final do antigo Império, mas as dificuldades agrícolas, mesmo assim, enfraqueceram o poder dos faraós. A Décima Terceira Dinastia, cujos faraós haviam transferido a capital de volta para Men-nefer (Mênfis), foi caracterizada por dezenas de faraós com reinados extremamente curtos, o que evidência o túmulo que envolvia os postos mais elevados do governo. Os vizires acabaram sendo mais duradouros do que os faraós dessa dinastia e vários deles serv9iram a mais de um governante e ajudaram a manter o território unido.

Sem m líder forte, o Egito inevitavelmente fragmentou-se outra vez.Uma nova linhagem de faraós estabeleceu-se em Xois, localizada na parte ocidental do delta do Nilo. Os faraós em Xois governaram ao mesmo tempo que os da Décima Terceira Dinastia.

Com esse pano de fundo, o Médio Império teve fim e uma vez mais houve a divisão em Alto e Baixo Egito.



Segundo Período Intermediário
15a Dinastia 16a Dinastia 17a Dinastia 18a Dinastia
Durante o Médio império, a imigração aumentou. Povos da Ásia, em particular os hicsos, cruzaram as fronteiras até o Egito e ofereceram seus serviços, geralmente como servos contratados. Com o passar do tempo, os hicsos melhoraram a posição na sociedade egípcia. Quando o caos dominou a situação política no final do Médio Império, eles assumiram o poder.

Os hicsos dominaram o Baixo Egito e estabeleceram sua capital em Rowaty (Avaris). Embora governassem diretamente apenas o Baixo Egito, exerciam influência também sobre o Alto Egito. Os governadores do Alto Egito, sediados em Waset (Tebas), pagavam tributo aos hicsos.

O Baixo Egito continuou a ter boas relações comerciais sob o governo hicso. As rotas de comércio para o Sinai e a Palestina permaneceram abertas e os hicsos formaram uma nova parceria comercial com os cushitas, que haviam conquistado terras ao norte ate a primeira catarata em Abu (Elefntina). Os cushitas tinham uma nação e uma cultura distintas e estabeleceram uma bela capital em Kerma.

As relações entre o Alto e o Baixo Egito continuaram bastante amistosas até que Apaphis III, um governante hicso, fez um insulto a Tao II, líder de Waset (Tebas). Em retaliação, Tão II invadiu o território dos hicsos e, com a ajuda de mercenários núbios, iniciou uma guerra. Tão II morreu em combate, mas seu filho Kamósis continuou a luta. Quando ele foi morto, seu irmão Amosis I encerrou a guerra, expulsando os hicsos de volta para a Ásia e, uma vez mais, unificando o Egito sob um único governante.

O breve período de governo hicso teve efeitos duradouros sobre a cultura egípcia. Eles introduziram o bronze, um metal muito mais resistente e versátil que o cobre. Esse novo metal foi usado em armas como adagas e espadas. A contribuição mais famosa dos hicsos foi o carro de guerra puxado por cavalos.

Os hicsos fizeram ainda outras contribuições. É atribuído a eles o crédito de ter introduzido o tear vertical, que melhorou a indústria têxtil; instrumentos musicais como a lira, o oboé e o tamborim; e novos alimentos, Omo a romã e a azeitona.

Sociedade

No Egito, a sociedade se dividia em algumas camadas, cada uma com suas funções bem definidas. Nessa sociedade a mulher tinha grande prestígio e autoridade.

Os Faraós eram Reis e Deuses



No topo da pirâmide vem o faraó, com poderes ilimitados. Isso porque ele era visto como uma pessoa sagrada, divina, e aceito como filho de deus ou como o próprio dês. É o que se chama de governo teocrático, isto é, governo em nome de deus.

O faraó era um rei todo-poderoso, proprietário do país inteiro. Os campos, os desertos, as minas, s rios, os canais, os homens, as mulheres, o gado e todos os animais – tudo lhe pertencia. Ele era ao mesmo tempo rei, juiz, sacerdote, tesoureiro, general. Era ele que decidia e dirigia tudo, mas, não podendo estar em todos os lugares, distribuía encargos para centenas de funcionários eu o auxiliavam na administração do Egito. A sagrada figura do faraó era elemento básico para a unidade de todo o Egito. O povo via no faraó a sua própria sobrevivência e esperança de sua felicidade.





Os Sacerdotes



Os sacerdotes tinham enorme prestígio e poder, tanto espiritual quanto material, pois administravam as riquezas e os bens dos grandes e ricos templos. Eram também sábios do Egito, guardadores dos segredos das ciências e dos mistérios religiosos relacionados com seus inúmeros deuses.







A Nobreza



A nobreza era formada por parentes do faraó, altos funcionários e ricos senhores de terras.







Os Escribas



Os escribas, provenientes das famílias ricas e poderosas, aprendiam a ler e a escrever e se dedicavam a registrar, documentar e contabilizar documentos e atividades da vida do Egito.







Os artesãos e Comerciantes



Os artesãos trabalhavam especialmente para os reis, para a nobreza e para os templos. Faziam belas peças de adorno, utensílios, estatuetas, máscaras funerárias Trabalhavam muito bem com madeira, cobre, bronze, ferro, ouro e marfim. Já os comerciantes se dedicavam ao comércio em nome dos reis e nobres ou em nome próprio, comprando, vendendo ou trocando produtos com outros povos, como cretenses, fenícios, povos da Somália, da Síria, da Núbia, etc. O comércio forçou a construção de grandes barcos cargueiros.







Os Camponeses



Os camponeses formavam a maior parte da população. Os trabalhadores dos campos eram organizados e controlados pelos funcionários do faraó, pois todas as terras eram do governo. As cheias do Nilo, os trabalhos de irrigação, semeadura, colheita e armazenamento dos grãos, obrigavam os camponeses a trabalhos pesados e mal remunerados. O pagamento geralmente era feito com uma pequena parte dos produtos colhidos e apenas o suficiente para sobreviverem. Viviam em cabanas humildes e vestiam-se de maneira muito simples. Os camponeses prestavam serviço também nas terras dos nobres e nos templos. O Egito ra essencialmente agrícola, pois não sobrava terra e vegetação suficiente para criar muitos rebanhos. À custa da pobreza dos camponeses era cultivado trigo, lentilhas, árvores frutíferas e videiras. Faziam pão, cerveja e vinho. O Nilo oferecia peixes em abundância.







Os Escravos



Os escravos eram, na maioria, capturados entre os vencidos nas guerras. Foram duramente forçados ao trabalho nas grandes construções, como nas piramides, por exemplo.

FaraósO Antigo Egito era governado por faraós que, além de monarcas, eram considerados deuses. Eles eram donos de todas as terras do Egito que eles governassem (isso se deu devido à separação do Alto e do Baixo Egito, surgindo assim dois faraós) e de toda a produção agrícola. Esses reis são divididos em dinastias que se sucederam nas várias épocas da história egípcia.

O Egito era dividido em dois: o Baixo Egito, no delta do Nilo, mais poderoso e ligado ao comércio, e o Alto Egito, essencialmente agrícola. Durante as primeiras dinastias, os mandatários do Baixo Egito usavam uma coroa vermelha e os do Alto Egito uma coroa branca. A coroa azul era usada como escudo de guerra.
Coroa vermelha do Baixo .
Coroa branca do Alto Egito.
Coroa da unificação do Alto e Baixo Egito.
Coroa azul usada durante a guerra.
Um dos primeiros faraós a ser desvelado para o mundo atual foi Menes (sua tumba foi descoberta em 1897).

Os monarcas casavam-se com membros da própria família real porque não queriam dividir o poder com outros clãs. Thutmose II casou-se com sua meia-irmã Hatshepsut. Entretanto, o faraó teve um filho, Thutmose III, com uma outra esposa; quando Thutmose II morreu o filho dele, Thutmose III se tornou faraó. Porém, Hatshepsut foi designada regente por causa da pouca idade do menino (o regente governava para o faro caso lê ainda não tivesse idade para ocupar o cargo).

Hatshepsut e Thutmose III governaram juntos até que Hatshepsut se declarou faraó. Vestida em trajes masculinos, Hatshepsut administrou os negócios da nação.

Thutmose III revoltou-se e tomou trono à força, matando Hatshepsut destruindo todos os santuários e estátuas que homenageavam a antiga governanta.

Ahkenaton e a sua rainha Nefertiti implantaram o monoteísmo no Egito, obrigando a adoração a Aton, o deus Sol. Eles construíram grandes estátuas a Aton e ordenaram que estátuas que honrassem qualquer outro deus fossem destruídas. Após a morte do casal real, politeísmo voltou a tona.

Tutankhamon só tinha nove anos quando se casou com a filha de Akhenaton e Nefertiti. O "rei menino" nunca se tornou um "rei adulto" porque morreu devido a uma pancada na cabeça provocada, provavelmente, por disputas pelo trono real.

Sob o domínio dos romanos, cabe ressaltar a mais famosa.

Fonte de Pesquisa:
http://www.coljxxiii.com.br/webquest/caio/caio.htm

Publicado por:
Jessica Alves

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